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Pré-eclâmpsia: especialista em medicina fetal, Dra. Maysa F. Zambotti, alerta e destaca a importância do acompanhamento especializado para proteger mãe e bebê ainda no útero

Publicada em: 02/06/2025 15:08 - Saúde

A pré-eclâmpsia é uma das complicações mais graves da gestação e representa um risco não só para a saúde da gestante, mas também para o bem-estar fetal. Silenciosa no início, a condição pode evoluir rapidamente, impactando diretamente o desenvolvimento do bebê no útero. A Dra. Maysa F. Zambotti, médica especialista em medicina fetal, reforça que o rastreio das pacientes de alto risco pelo recurso do ultrassom e o diagnóstico precoce são cruciais para prevenir desfechos adversos.

 

“Além do risco materno, a pré-eclâmpsia pode levar à restrição de crescimento intrauterino, à redução do fluxo sanguíneo placentário e ao parto prematuro. Por isso, o acompanhamento com um especialista em medicina fetal é essencial, especialmente nos casos de alto risco”, explica a médica.

 

O que é a pré-eclâmpsia?

 

Caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, a pré-eclâmpsia pode vir acompanhada de proteinúria e disfunções em órgãos como rins, fígado e cérebro. O que nem sempre é evidente é o impacto direto sobre o bebê, que pode sofrer com o suprimento insuficiente de oxigênio e nutrientes devido à má perfusão placentária.

 

7 sinais que podem indicar pré-eclâmpsia, segundo a Dra. Maysa Zambotti:

1. Pressão alta persistente (acima de 140/90 mmHg) – Mesmo em gestantes sem histórico prévio.

2. Inchaço súbito e acentuado – Especialmente em mãos, rosto e pernas.

3. Dor de cabeça intensa e contínua

4. Alterações visuais – Como visão turva, pontos brilhantes ou fotofobia.

5. Dor no abdômen superior 

6. Diminuição do volume urinário

7. Confusão mental e mal-estar generalizado

 

O papel da medicina fetal no rastreio, diagnóstico e acompanhamento

 

O médico fetal tem papel central na detecção de quais são as pacientes de alto risco e candidatas a medicação preventiva. 

 “Através de exames como a ultrassonografia obstétrica com dopplervelocimetria, na fase do morfológico do primeiro trimestre associado ao histórico da paciente e a pressão arterial do dia, conseguimos avaliar o risco de desenvolver pré eclâmpsia antes das 37 semanas. 

Além disso avaliamos a função placentária, o fluxo sanguíneo para o bebê e o crescimento fetal, antecipando intervenções quando necessário”, destaca Dra. Maysa.

 

Cuidados e prevenção

 

A melhor estratégia contra a pré-eclâmpsia: 

• Acompanhamento pré-natal com enfoque fetal e materno

• Ultrassonografias seriadas com Doppler para avaliação placentária

• Controle rigoroso da pressão arterial e do ganho de peso

• Alimentação equilibrada e hidratação adequada

• Atividade física leve, com liberação médica

• Uso preventivo de aspirina nas pacientes de alto risco.

 

Para gestantes com histórico de pré-eclâmpsia, gestação gemelar ou alterações nos exames iniciais, a avaliação por um especialista em medicina fetal desde o primeiro trimestre pode fazer toda a diferença.

 

Conclusão

 

A pré-eclâmpsia exige vigilância constante, mas não precisa ser motivo de medo. “Com tecnologia, conhecimento e um cuidado humanizado, conseguimos proteger a saúde materna e fetal. Detectar precocemente as alterações permite intervir antes que o bebê sofra consequências mais graves no útero”, conclui a Dra. Maysa F. Zambotti.

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