"Belem sob pressão: As lacunas de infraestrutura para a COP 30"
Em um mundo cada vez mais conectado e consciente dos desafios ambientais, a Amazônia se tornou um símbolo de resistência e esperança. Entre suas joias, destaca-se Belém do Pará, uma cidade que há séculos é porta de entrada para a maior floresta tropical do planeta, um verdadeiro berço de cultura, biodiversidade e história. Em novembro de 2025, Belém será o palco de uma conferência internacional, uma oportunidade única de discutir questões cruciais relacionadas às mudanças climáticas, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
No entanto, a preparação para esse grande evento tem revelado uma realidade preocupante. A cidade vem recebendo inúmeras críticas devido à sua infraestrutura, que ainda apresenta deficiências para acomodar o fluxo de delegações, turistas e pesquisadores que virão de diferentes partes do mundo. Essas críticas, muitas vezes, desconsideram o esforço de uma população que, apesar das dificuldades, mantém viva sua cultura e sua esperança de ver sua cidade reconhecida como um símbolo de sustentabilidade e respeito à natureza.
Foto: Arbo
Infelizmente, alguns aproveitam esse momento delicado para esculachar Belém, desrespeitando o povo paraense e sua história. É fundamental que a sociedade brasileira, de forma unida, apoie essa iniciativa, que tem como objetivo principal discutir soluções para os problemas ambientais que enfrentamos. A conferência deve deixar um legado de respeito, valorizando a riqueza cultural e a biodiversidade da Amazônia e de Belém, além de promover ações concretas para a preservação do planeta.
Não podemos esquecer dos povos originários e dos ribeirinhos, que há séculos vivem na região, mantendo suas tradições e lutando por reconhecimento e dignidade. Esses povos são os verdadeiros guardiões da floresta, e seu protagonismo deve ser respeitado e valorizado em qualquer discussão sobre o futuro da Amazônia.
Que essa conferência sirva como um momento de união e reflexão, onde o Brasil e o mundo possam reconhecer o valor de Belém do Pará, não apenas como uma cidade de passagem, mas como um símbolo de resistência, cultura e esperança. Que possamos, juntos, construir um legado de respeito, solidariedade e compromisso com o meio ambiente e com os povos que dele dependem.
Foto: Divulgação
“É realmente frustrante ver pessoas usando temas importantes como a sustentabilidade e eventos globais para obter likes e atenção, muitas vezes de forma superficial ou até mesmo mal-intencionada. A questão da infraestrutura de Belém para sediar a COP 30 é complexa e merece um debate sério, baseado em dados e planejamento responsável, e não em ataques ou aproveitamento político. É fundamental que a discussão seja construtiva, destacando os esforços e os desafios reais, para que possamos avançar de forma colaborativa em direção a uma cidade mais sustentável e preparada.
Mas respeito por favor!
Elson de Belém é Artista e Comunicador Cultural