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Coluna: Adriana Passari fazendo histórias - 15-08-2025

Publicada em: 15/08/2025 07:15 - Colunas Adriana Passari fazendo histórias

Por Adriana Passari - @adrianapassari

Família astral

 

Ele era um homem de família, uma grande família, tinha cinco filhos, todos em escadinha, com um, dois, três e quatro anos de diferença entre eles. Era uma prole linda, orgulho e desespero dos pais ao mesmo tempo. Conduzir uma casa com cinco crianças pequenas não é fácil para ninguém.

A mãe logo cedo percebeu que não teria tempo para um trabalho remunerado, nem para outras atividades fora de casa por um longo período. E assim a família funcionava. O tempo foi passando e cada uma das crianças foi demonstrando seu próprio talento e vocação.

A maiorzinha, virginiana, era muito organizada, logo passou a ajudar a mãe nas tarefas do dia, mais por necessidade de ver tudo arrumado do que por ordem da mãe. Pena que ficava logo “estressadinha” com os irmãos menores que não tinham o mesmo talento para organização. O segundo filho, ariano, era apaixonado por futebol e chutava bola o dia inteiro pela casa. Já havia protagonizado vários acidentes com objetos da casa, era repreendido, mas logo voltava a quicar e cabecear a pelota novamente.

O terceiro, do signo de câncer, era de uma timidez e sensibilidade difícil de lidar. Chorava pelas menores coisas e passava dias magoado com um e com outro até ir voltando a conversar, já que a casa não era assim tão grande e não havia espaço para afastamentos por lá.

A quarta filha era a mais distraída, gostava de dançar e de subir em árvores, geminiana, se distraía com as bonecas e logo as esquecia para ver uma lagartixa que passeava pela parede. Quando começava a arrumar o quarto interrompia a tarefa para observar o passarinho que passou voando baixo perto da janela. O caçulinha, era o mais mimadinho e bajulado bebê que se tem notícias lá na cidade. O raspinha de tacho fazia graça pra todo mundo. Gostava de agradar a um e a outro mas como bom libriano, deixava a mãe “perdidinha” na hora de escolher o que vestir, o que comer e até o que ganhar no Natal.

Depois de muitos anos dedicados à família a mãe resolveu retomar os estudos e se formou em Engenharia. Foram tempos desafiadores, de reequilibrar a organização familiar. Nada que um bom leonino e uma capricorniana, em comum acordo (e alguns atritos) não pudessem resolver. Recentemente ouvi dizer na cidade que a tal família vai aumentar. A previsão é que o primeiro neto do clã deva nascer lá pelo final de outubro, com o sol sob o signo de escorpião.

 

Ouça a história na voz de Adriana Passari:

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