A falta de profissionalismo na área artística: Quando a paixão perde o rumor da excelência
No vibrante universo das artes, onde criatividade e paixão deveriam prevalecer, uma sombra tem se espalhado silenciosamente: a falta de profissionalismo. Essa questão, muitas vezes negligenciada, ameaça minar a credibilidade de artistas e instituições, colocando em xeque a valorização do talento verdadeiro.
Desde pequenas galerias até grandes palcos internacionais, testemunhamos episódios que ilustram essa preocupante realidade. Artistas que prometem obras revolucionárias, mas entregam produções amadoras; eventos que, por falta de planejamento, transformam-se em caos; e gestores que priorizam o lucro imediato ao invés do desenvolvimento cultural genuíno. Tudo isso revela uma crise de compromisso e ética no setor.
A ausência de pontualidade, a negligência com prazos, a falta de respeito com colegas e público, além da negligência na preparação e na pesquisa, contribuem para uma deterioração da reputação artística. Muitos profissionais parecem perder de vista que o verdadeiro talento deve ser acompanhado de responsabilidade, disciplina e ética.
É altamente constrangedor quando o artista têm o hábito de desmarcar compromissos em cima da hora, deixando um vácuo na programação e no roteiro de determinados eventos ou programas de entrevistas. Essa atitude pode causar transtornos na organização, impactar a experiência do público e comprometer a credibilidade do evento. Portanto, é fundamental contar com profissionais confiáveis e bem planejados, que possam garantir a pontualidade e a consistência na agenda, evitando imprevistos que prejudiquem o sucesso da ocasião.
Por outro lado, há uma crescente necessidade de promover uma mudança cultural dentro da área artística. Educação de qualidade, valorização da ética profissional e uma postura de respeito às regras e ao público são passos essenciais para resgatar a credibilidade do setor. Afinal, a arte deve ser uma expressão de excelência, dedicação e respeito, não um campo de improvisos e desleixos.
Somente através do compromisso sério e do profissionalismo podemos garantir que a arte continue a inspirar, educar e transformar a sociedade. Chegou a hora de refletirmos: até que ponto estamos dispostos a valorizar o verdadeiro valor da arte e a reconhecer os profissionais que, dia após dia, dedicam suas vidas à sua evolução? Resta a esperança de que, com esforço coletivo, possamos construir uma cena artística mais ética, responsável e, acima de tudo, verdadeira.
Elson de Belém é Artista e Comunicador Cultural
Fonte CCPZ
Foto reprodução internet