A presença brasileira no centro da ciência climática internacional ganhou novo destaque. Durante as atividades do First Joint Lead Author Meeting, em Paris, marco inaugural do ciclo do Seventh Assessment Report (AR7) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a Profª Drª Maria Alejandra Moreno-Pizani, pesquisadora do Instituto Pecege e Lead Author do Working Group III (Capítulo 13 – AFOLU), participou de uma recepção oficial promovida pelo governo francês. O encontro reuniu autoridades de alto nível, pesquisadores e representantes institucionais envolvidos no AR7.

A cerimônia, realizada em dezembro reforçou o papel da França no fortalecimento da diplomacia científica, além de destacar a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios climáticos globais. A presença brasileira integra e amplia a representatividade latino-americana no principal fórum científico mundial dedicado ao clima.

Ministros franceses destacam importância da cooperação internacional

Entre as autoridades anfitriãs, estiveram Jean-Noël Barrot, Ministro Delegado para Assuntos Europeus e Relações Exteriores, e Philippe Baptiste, Ministro responsável pelo Ensino Superior e Pesquisa. Ambos ressaltaram a necessidade de alianças científicas globais para acelerar soluções em mitigação, adaptação, educação, inovação e políticas públicas climáticas.

Durante a recepção, temas centrais do AR7 foram debatidos, incluindo uso da terra, transição energética, segurança alimentar, biodiversidade e a relação entre ciência e tomada de decisão. A Profª Maria Alejandra contribuiu com perspectivas estratégicas para o capítulo AFOLU, ampliando as vozes e evidências da América Latina.

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Legenda: Philippe Baptiste, Ministro do Ensino Superior, da Pesquisa e do Espaço da França e Profª Drª Maria Alejandra Moreno-Pizani do Instituto Pecege.

Protagonismo brasileiro na agenda global do clima

Selecionada entre mais de 3.700 indicações internacionais, a pesquisadora integra o grupo de 664 especialistas responsáveis por coproduzir o AR7. Sua participação na recepção oficial consolida o papel do Brasil no debate científico sobre sistemas agroalimentares, sustentabilidade, recursos naturais e mudanças climáticas.

“A presença em encontros como esse reforça a importância de ampliarmos o diálogo entre ciência, educação e políticas públicas. Participar dessa construção conjunta, ao lado de especialistas do mundo todo, nos permite trazer a perspectiva brasileira e latino-americana para o centro das decisões globais”, afirma a pesquisadora.

Instituo Pecege reforça compromisso com ciência de impacto

Para o Instituto Pecege, a participação no AR7 e em agendas diplomáticas vinculadas ao IPCC ressaltam o compromisso institucional com a produção científica, a formação de profissionais e o impacto socioambiental. A atuação internacional da pesquisadora fortalece redes globais e contribui para que o Brasil exerça maior influência na formulação de soluções climáticas ancoradas em evidências.

A reunião de Paris marca apenas o início de um ciclo de trabalho que se estenderá até 2029, consolidando o AR7 como referência mundial para governos, empresas, organizações e sistemas agroalimentares em busca de caminhos sustentáveis.