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Piracicaba não registra caso de febre amarela há sete anos

Publicada em: 21/02/2025 12:32 - Saúde

Piracicaba está há sete anos sem registrar casos e óbitos pela febre amarela. Houve apenas um caso em 2017, que evoluiu para cura, e outro em 2018, cujo paciente, infelizmente, veio a óbito. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Departamento de Vigilância Epidemiológica.


Apesar de o município não ter registrado ainda nenhum caso positivo para febre amarela em 2025, a Secretaria de Saúde reforça a importância da vacinação da população, principalmente com a proximidade do Carnaval, período em que as pessoas costumam viajar e frequentar áreas de risco para a febre amarela. De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Sérgio Pacheco, “a vacina da febre amarela é recomendada desde 2019 em todo o território nacional para pessoas a partir de 9 meses de idade, portanto, quem ainda não se imunizou é importante que o faça, não custa nada”, enfatizou.


Segundo o Ministério da Saúde, para receber o imunizante contra a febre amarela, a população deve seguir os seguintes passos: crianças que iniciaram o esquema antes de 5 anos de idade devem receber duas doses da vacina, sendo a primeira dose aos 9 meses e a segunda dose aos 4 anos de idade. Pessoas que iniciam o esquema depois dos 5 anos de idade devem receber uma única dose de vacina, por toda a vida; no entanto, caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber um reforço.


Cibele Melo dos Reis, responsável pelo departamento de Imunização de Piracicaba, explicou ser importante que as pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, localidades de circulação viral conhecida – em humanos ou em macacos – verifiquem suas carteiras de vacinação antes da viagem. “Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com dez dias de antecedência da viagem para melhor proteção”, afirmou.

A vacina está disponível nas unidades de saúde do município (UBS e USF), das 8 às 15h, exceto UBS Paulista, sem a necessidade de agendamento.


Para receber a vacina, a pessoa deverá levar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua). O endereço com todas as unidades de vacinação estão disponíveis no site: https://piracicaba.sp.gov.br/servicos/horario-de-funcionamento-das-salas-de-vacina-nas-unidades-de-saude/


A DOENÇA – A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Ae. aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.


No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) – macacos, por exemplo – são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.


É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes.


A orientação é que, caso a pessoa encontre um macaco morto, não toque no animal nem o enterre; evite que crianças, outros animais e curiosos se aproximem; comunique o CCZ pelo telefone (19) 3427-2400 e aguarde um técnico do serviço de saúde.

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