Mente
& Foco
4ª
Edição
Você
tem fome de quê?
Nem toda fome vem do estômago. Às vezes, ela nasce na mente, nas emoções ou nos sentidos. Comer pode ser uma necessidade fisiológica, mas também um reflexo de nossas memórias, crenças e sentimentos. Você já percebeu que, muitas vezes, a vontade de comer surge sem que seu corpo realmente precise de energia?
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), entendemos que a relação com a comida vai além da nutrição. Comer pode ser um mecanismo para aliviar o estresse, preencher um vazio emocional ou simplesmente responder a estímulos sensoriais. Reconhecer os diferentes tipos de fome é um passo essencial para uma alimentação mais consciente.
As diferentes formas de fome:
Fome do estômago – É a fome fisiológica, sinalizada por estômago roncando, sensação de vazio e necessidade de energia.
Fome celular – Quando o corpo precisa de nutrientes essenciais, ele manifesta sinais de cansaço, falta de concentração e dor de cabeça. Ignorar essa fome pode levar a escolhas impulsivas.
Fome da mente – Baseada em regras alimentares e crenças, como "não posso comer carboidratos à noite" ou "preciso de café para me manter alerta".
Fome do tato – A necessidade de sentir a textura dos alimentos. Quem nunca desejou a crocância de uma batata frita ou a maciez de um bolo?
Fome do coração – Ligada às emoções e às memórias afetivas. O cheiro de café passado pode remeter a momentos especiais, assim como um doce pode trazer conforto emocional.
Fome da visão – O desejo despertado apenas ao olhar um alimento apetitoso, mesmo sem fome real.
Fome do olfato – O aroma de pão saindo do forno ou de um churrasco pode ativar memórias e despertar a vontade de comer.
Fome
da audição – O barulho da pipoca estourando, o crocante de um salgadinho... O
som pode ser um gatilho para comer sem fome.
Fome
do paladar – Um desejo específico por doce, salgado, ácido ou amargo, muitas
vezes ligado a hábitos ou carências nutricionais.
Comer
com consciência e reconhecer qual fome está presente no momento pode
transformar sua relação com a comida. Comer não deve ser apenas um ato
automático, mas um momento de conexão com seu corpo e suas emoções.
E
você, qual dessas fomes tem guiado suas escolhas? Compartilhe sua experiência
nos comentários!
Psicóloga Giovana Mendes – Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Transtornos Alimentares
CRP 06/213988
Rua Doutor Alwim, 825, São Dimas
Base – Espaço de bem-estar e saúde
Contato: (19) 99665 6860
Perfil - @giovana_mendees