29.Organização
Sou uma pessoa organizada,
para conseguir atuar em diferentes frentes de trabalho preciso ser. Sou
professora de música no colégio, sigo um planejamento das aulas e
apresentações, sou professora de canto particular e cada aluno tem o seu cronograma
e suas prioridades no que tange aos objetivos do cantar de cada um, sou
cantora, ora com repertório de pop, rock, ora lírico e assim por diante.
Em 2011 li o livro da Marie
Kondo, escritora japonesa e especialista em organização pessoal, que fez muito
sentido para mim.
Ela desenvolveu um método de
organização que prima por cuidar dos seus objetos, não achar que são todos
descartáveis e ser grata pela função que têm ou tiveram para você. Deixar seus
espaços de casa sempre limpos e organizados para que te tragam alegria e que os
objetos que fazem parte destes espaços tenham valor, não monetário, mas
afetivos e emocionais.
Marie Kondo trouxe inspirações
do “xintoísmo”, que é uma religião japonesa baseada no respeito e culto da
natureza, sendo considerada uma grande aliada e imprescindível para a
existência da vida na Terra. Não vou me aprofundar nos dogmas desta religião,
mas quem tiver curiosidade, existem muitos artigos na internet que explicam
seus fundamentos.
Enfim, a organização do
exterior ou o seu contrário reflete o nosso interior, quando você adentra em um
espaço, logo pode sentir a energia do lugar. Não existe um modo certo de
organizar a sua casa porque o espaço deve se parecer com você, mas deve ser um
lugar agradável com objetos que tenham valores e significados. Tem gente que
gosta de colecionar coisas e as coleções dizem muito sobre nós, mas até elas
precisam de algum tipo de organização, para não virarem um amontoado de objetos
sem valor e sem significado.
Mas veja, antes de haver a
organização tem se que passar por um processo de bagunça, depois de desapego e
só então arrumação. Para mim, o processo da bagunça, me deixa aflita, acabo
ficando ansiosa para ver o resultado. Mas até isso é uma etapa desejável, para
que tenhamos consciência que tem coisas que não estão ao nosso alcance e que
não podemos acelerar o tempo e simplesmente resolvê-las.
Esse processo de organização
de fora para dentro, funciona para mim, e para você, isso faz algum sentido?
“Viver é afinar o instrumento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, a todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, a todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro...”
Música: Serra do Luar de Walter Franco
Colunista:
Wana Narval
Cantora, pedagoga, licenciada em Música, mestre em Educação e escritora, é uma artista atuante na cidade de Piracicaba, participando de diferentes projetos culturais. Já cantou como back vocal com a dupla Cézar e Paulinho e foi vocalista na banda Opus, Falando da Vida, Revivendo. Intérprete versátil e eclética, domina diversos estilos musicais e canta em variadas línguas, atualmente integra a Banda Claro Cristal, Banda JáQue, Ternamente eclético, Casa de Noel, como a Mamãe Noel e o Duovox.
Instagram @wananarval
Email wanabackvocal@hotmail.com