O Concerto
Místico para Cello e Orquestra, do compositor Alexandre Guerra,
interpretado pela Orquestra Sinfônica de Piracicaba sob regência do maestro
Knut Andreas e solos do violoncelista André Micheletti, está entre os indicados
ao 32º Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira 2025, na categoria “Lançamento
em Música Erudita”. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (9),
durante cerimônia no Masp, em São Paulo, que reuniu grandes nomes da cena
musical brasileira.
Com
mais de três décadas de história, o Prêmio BTG Pactual contempla 18 categorias
e já homenageou mais de 1.500 artistas. Na mesma categoria, concorrem ainda a
Orquestra Ouro Preto, Orquestra Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica
Brasileira e o Quinteto Villa-Lobos. Os vencedores serão revelados no dia 4 de
junho, em solenidade no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O
maestro alemão Knut Andreas, diretor artístico e regente titular da OSP,
celebrou a indicação como um marco para a música erudita produzida no interior
do país. “É uma honra estar ao lado de nomes tão expressivos. Esse
reconhecimento mostra que a arte feita com dedicação, mesmo fora dos grandes
centros, pode alcançar espaços importantes. A Orquestra de Piracicaba está
vivendo um momento especial, e esse concerto é reflexo disso.”
Inspirado
no mito de Hermes Trismegisto e nos sete princípios herméticos, o Concerto
Místico para Cello e Orquestra é estruturado em três movimentos
— O Mensageiro, Polaridade e Gênero —
que evocam tanto a figura lendária de Hermes quanto conceitos esotéricos sobre
dualidade e equilíbrio. “Quis traduzir em som a ideia de que tudo está em
constante transformação e diálogo entre opostos. Hermes representa essa ponte
entre mundos, e a música é a forma como encontrei de acessar essa mística”,
explicou o compositor Alexandre Guerra, que acompanhou a cerimônia de
indicação, no Masp.
Diretor
artístico associado da OSP, o violoncelista piracicabano André Micheletti,
responsável pelos solos da obra, ressaltou a intensidade expressiva do
concerto. “Esse concerto carrega uma carga simbólica e emocional muito forte, e
vê-lo alcançar esse espaço é emocionante. É também um reconhecimento ao talento
e à dedicação de toda a equipe envolvida, desde os músicos da OSP até os
profissionais de bastidores. Sinto-me profundamente grato por fazer parte
disso.”
Gravado
em 21 de julho de 2023 no Teatro Municipal Dr. Losso Netto, o álbum foi lançado
em março de 2024, na Sala São Paulo e em Piracicaba. A engenharia de som ficou
a cargo de Uli Schneider, referência na área, com mixagem de Ricardo Mosca. O
projeto gráfico é assinado por João Boaventura, com fotografias de Nanah
D’Luize. A capa do álbum traz a obra Suíte Construtiva, do renomado
artista paulista Sérgio Fingermann. 
Esta
é a primeira obra fonográfica da história de 125 anos do conjunto de música
clássica. Ela está disponível nas plataformas de streaming e também em formato
físico na loja Clássicos da Sala São Paulo.
 
 