Por Adriana Passari - @adrianapassari
O homem de branco
Ele ia caminhando e caminhando chegou a um muro. Criativo que só, escolheu admirar e melhorar aquele muro. Pixou em todas as cores. Um arco-íris com muito mais que sete, pelo menos dezessete tons diferentes, contrastantes e complementares.
Não contente, resolveu expandir o horizonte e pulou o muro. Não sem ajuda. Pelo menos três, ou até trinta vieram para auxilia-lo. Uns com cadeiras, outros escadas. Chegou ao outro lado com segurança e alguns poucos arranhados. De lá seguiu caminhando e arrebanhando ovelhas.
Onde ia, transformava. Não deixou pedra sobre pedra que não tivesse recebido um toque de amor e de calor. Não cabia em lugares que sufocavam os gritos. Libertava as verdades. Caminhava.

Arte: Inteligência Artificial
E não seguia só. Nunca. Em cada passo colocava muitas certezas e esperanças. O seu rastro era imensidão. Arrastava. E legava. Não cansava. Nunca. Até que parou. Chegou. Até onde podia chegar.
Ouça a história na voz de Adriana Passari: