Mente & Foco

12ª Edição

Título: E Se Não For Cansaço? E Se For Autocobrança Demais?

            Tem dias que a gente acorda cansada, vive no automático, tenta dar conta de tudo… e, no fim, vai dormir com a sensação de que não fez o suficiente. E assim segue o ciclo: acorda de novo já exausta, repete tudo e termina o dia frustrada de novo.

            E se eu te dissesse que esse cansaço não é só físico?

            É um esgotamento emocional. Silencioso. Que vai se acumulando cada vez que você se cobra além da conta, se culpa por não render mais, e tenta ser perfeita em tudo mesmo que ninguém tenha pedido isso de você.

            Talvez você esteja chamando isso de força. Mas, no fundo, o que está acontecendo é uma autoexigência tão dura que virou um peso. A mente não desliga, o coração vive em alerta, e o pensamento se repete como um mantra cruel:

“Eu tinha que estar fazendo mais.”

“Eu deveria dar conta.”

“Por que eu não consigo como os outros conseguem?”

            E isso não é produtividade. É autopunição. É transformar o descanso em culpa. É achar que parar é fracassar quando, na verdade, é o que salva.

            Agora vamos falar de outra armadilha: o controle.

            Sabe aquela irritação quando a reunião atrasa? Quando a casa está bagunçada? Quando a resposta não vem na hora? Isso pode não ser só "mania de organização". Pode ser ansiedade querendo te proteger do imprevisível. O controle virou um jeito de tentar se sentir segura. Mas quanto mais você tenta controlar tudo ao redor, mais perde o controle do que sente por dentro.

            A paz que você busca não está em controlar cada detalhe. Está em confiar que, mesmo quando algo sair do roteiro, você vai saber lidar. Que não precisa estar tudo certo pra você estar bem.

            Então, se você se reconheceu aqui, respira fundo.

            Talvez ninguém tenha te ensinado, mas você pode aprender agora: Você não precisa se cobrar tanto pra ser amada. Você só precisa começar a se amar do jeito certo.

            Com mais gentileza. Com mais pausa. Com mais verdade. E principalmente: com menos culpa por simplesmente ser humana.
            Se esse texto tocou em algo aí dentro, respira. E saiba: você não precisa dar conta de tudo sozinha. Como psicóloga, estou aqui para lembrar que existe um caminho mais leve e você pode contar comigo nessa jornada, com respeito, acolhimento e escuta.

Colunista:

Psicóloga Giovana Mendes

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Transtornos Alimentares 

CRP 06/213988

Rua Doutor Alwim, 825, São Dimas

Base – Espaço de bem-estar e saúde

Contato: (1999665 6860 – (1999229-6847 

Perfil - @giovana_mendees