Foto Crédito - Guilherme Leite - Câmara de Vereadores

A Câmara Municipal de Piracicaba aprovou em caráter de urgência o requerimento 149/2025, de autoria do vereador Pedro Kawai (PSDB), que solicita informações ao Executivo sobre casos de dengue e ações que estão sendo desenvolvidas em Piracicaba para conter a doença.

O requerimento, votado durante a 6ª reunião ordinária de 2025 realizada nesta quinta-feira (20), foi debatido por parte dos vereadores. Eles demonstraram preocupação com a possibilidade de aumento dos casos de dengue no município, principalmente após o Governo do Estado de São Paulo decretar estado de emergência para a doença.

Kawai utilizou a tribuna para dizer que, com o decreto estadual, a região de Piracicaba poderá receber até R$ 9 milhões para o combate à dengue. “Podemos ter acesso à uma parcela desse recurso. Então, quero saber como estão os números de casos e o trabalho que está sendo desenvolvido para frear o avanço da doença”, disse.

O vereador Josef Borges (PP) apresentou alguns dados. Ele disse que de 1º de janeiro até 11 de fevereiro desde ano foram registradas cerca de 1.800 notificações, num total de 185 casos confirmados e nenhum óbito. Também disse que foram retiradas toneladas de entulho de diversas regiões da cidade.

Laércio Trevisan Jr. (PL) afirmou que é preciso agir rapidamente para que não retornemos a uma situação recente, quando Piracicaba registou 16 mortes e quase 30 mil casos da doença. "É preciso agir para que a história não se repita", disse.

Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, abordou o mato alto e lixo acumulado em parte da cidade, que podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue. "Há muitos locais que necessitam de limpeza", afirmou.

Gesiel Alves Maria (MDB), o Gesiel de Madureira, citou o descarte irregular de entulho que ocorre em parte da cidade. "As pessoas que fazem esses descartes precisam ser multadas", disse.

O programa Aedes do Bem, que já foi aplicado em Piracicaba, foi lembrado pelo vereador Felipe Jorge Dário (Solidaridade), o Felipe Gema. Segundo ele, hoje a empresa que realiza o programa conta com uma nova tecnologia  e, em Indaiatuba, com esse novo método conseguiram eliminar  96% da população do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.

Gustavo Pompeu (Avante) alertou que a questão é recorrente e que não pode ser pensada futuramente, quando houver óbitos. Citou também que as denúncias de possíveis criadouros  do mosquito transmissor da dengue, feitas pelo telefone 156 da Prefeitura, precisam ser averiguadas.  

Finalizando a discussão, Sílvia Morales (PV), do mandato coletivo A cidade é Sua, disse que a Prefeitura precisa notificar proprietários de terrenos e de imóveis onde existem criadouros.

Também foram aprovados durante a reunião outros quatro requerimentos em caráter de urgência e mais 11 requerimentos relativos a solicitação de informações para a Prefeitura e concessão de homenagens.