Por Adriana Passari - @adrianapassari
Nascer
O ano era 2023 e ela nasceu. Rapidamente já sorria para todos amigos e familiares em todos os eventos que frequentava. Usava roupas que lhe cabiam bem e com muito bom gosto.
Estava sempre limpinha, cheirosa e bem disposta. Alguns momentos ainda chorava, mas eram cada vez mais raros. Descobriu a alegria e preferia ficar com ela. Estava bem cuidada e bem amada como todos merecem ser. Também amou de volta, muito. E sem medos. Foi crescendo aos poucos, aprendendo a lidar com a vida. Uma coisa de cada vez.
@melissapozziart
Só que às vezes as coisas se misturavam e ficavam embaralhadas. Aprendeu que nem tudo ia poder resolver sozinha, e tudo bem. Aprendeu também que nem tudo acontece da melhor maneira, e tudo bem.
O melhor possível, já é o suficiente. Mudou de cidade, refez planos, redescobriu talentos adormecidos. Aprendeu a defender seus direitos e seus sonhos. Assumiu suas responsabilidades e sua força. Assinou papéis. No litigioso. O ano era 2023 quando ela nasceu, de novo, aos 47.
Ouça a história na voz de Adriana Passari: